Resistência Sistêmica

O ataque de insetos e patógenos às plantas tem sido motivo de preocupação nas últimas décadas. É por isso que diversos estudos têm sido realizados no sentido de conhecer o mecanismo das plantas que lhes permite se defender delas por meio de um sistema complexo que inclui vários níveis de proteção. Os mecanismos de proteção que desenvolveram para se defender contra fatores bióticos e abióticos são físicos ou químicos e constitutivos ou induzidos. As barreiras físicas consistem na composição e estrutura da cutícula, tricomas, estômatos, parede celular, entre outros. As barreiras químicas consistem na produção de taninos, terpenos, resinas alcalóides (antes do ataque de um patógeno). A desvantagem dessa forma de defesa está no tempo de resposta, ou seja, requer anos de modificações evolutivas, geração de genes estruturais para que ocorra a mudança em uma barreira física ou química.

A resistência induzida é baseada no reconhecimento do invasor e na transdução dos sinais que ativam as defesas. Em muitas ocasiões, localizar a infecção induz resistência contra um amplo espectro de diferentes patógenos pela planta. A indução de resistência contra um patógeno baseia-se principalmente na transformação de uma interação compatível em incompatível; ou seja, que a planta suscetível à doença torna-se resistente. Os indutores atuam na planta, impedindo ou retardando a entrada do patógeno e consequentemente limitando sua atividade no tecido ou órgão infectado e não têm efeito direto ou atividade específica sobre os fitopatógenos. Essa forma de proteção é considerada um mecanismo eficiente, durável e inofensivo no manejo de patógenos causadores de doenças em plantas.

Dependendo do tipo de agente indutor, existem dois tipos de indução de resistência: resistência sistêmica induzida (RSI) e resistência sistêmica adquirida (RSA). O RSI pode ser ativado pela presença, no tecido vegetal, de organismos não patogênicos e feridas causadas por herbívoros, mimetizando a presença de um patógeno para gerar resistência pela presença de moléculas sintéticas depositadas nos órgãos da planta, denominada indução abiótica.

O RSA pode ser ativado pela presença, no tecido vegetal, de organismos como fungos, vírus, bactérias, nematóides e até mesmo insetos herbívoros, conhecida como indução biótica. Essa ativação medeia a ativação de reações defensivas em tecidos distantes da área afetada e está relacionada à via do ácido salicílico (AS).

As vias de sinalização das respostas eliciadas por um agente biótico podem ser dependentes tanto do ácido salicílico, em associação com o acúmulo de proteínas relacionadas à patogênese (PRP), quanto do ácido jasmônico e etileno. Em contraste, a cascata de sinais gerados por um indutor abiótico segue apenas a via do ácido jasmônico e do etileno, chamada RSI.

Vale ressaltar que a ligação do AS à catalase inibe sua atividade. Portanto, quando o acúmulo de AS é alto e a atividade da catalase é baixa, o nível de espécies reativas de oxigênio permanece alto, induzindo a síntese da proteína PR (2). As referidas proteínas são um grupo heterogêneo de proteínas que são induzidas em plantas pela infecção de um patógeno. É assim que o AS desempenha um papel essencial na via de transdução de sinal que leva à ativação de genes que codificam para proteínas PR e também para o estabelecimento da resposta de hipersensibilidade (RH), conhecida como morte celular programada, que é utilizada para delimitar a área de infecção por um patógeno.

Na última década, buscou-se uma forma de acelerar a resposta da planta ao ataque de um patógeno e uma das alternativas para esse problema poderia ser a aplicação de marcadores de resistência sistêmica, que ao mesmo tempo gerariam uma alternativa de proteção. biológico e ambiental, além de ser compatível com os métodos atuais de controle de patógenos.

Indutor de resistência a doenças causadas por Oomycetos

QUE FAZ?

Previne o ataque e a incidência de doenças foliares ou vasculares.

COMO SE FAZ?

Prevent Up contém ácidos orgânicos do tipo aromático que induzem a atividade de proteínas relacionadas à resistência a patógenos; aumentando a capacidade de defesa das safras

BENEFÍCIOS

• Alto nível de controle de praga, murcha e bolor.
• Ferramenta compatível com gerenciamento integrado de doenças.
• Ambientalmente seguro.

Efeito da aplicação de Prevent UP antes que apareçam os sintomas da doença conhecida como requeima da batata, em condições naturais de infecção. A testemunha comercial consiste na aplicação dos seguintes produtos:

BIBLIOGRAFIA

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